O trabalho em plataformas é um fenômeno global e mais complexo do que se costuma compreender como “uberização”. Afinal, uma mesma plataforma pode operar de maneiras diferentes dependendo do país ou da região dentro de um mesmo país. O que há de comum entre diferentes casos é que as plataformas se apoiam em uma força de trabalho formada por pessoas desempregadas, jovens, idosas aposentadas, com deficiências, com encargos de cuidado e com ocupações que geram renda insuficiente. As plataformas não criam o trabalho precário, mas se beneficiam de sua existência. Ou seja, quanto maior for a massa de trabalho disponível, e quanto menor o alcance do sistema de proteção social, maior será o espaço para a atuação das plataformas. Tendo isso em vista, nesta linha de pesquisa serão analisados os conflitos e disputas em torno da regulamentação do trabalho plataformizado por meio do mapeamento de debates e as iniciativas de regulamentação do trabalho em plataformas nos três poderes e nos três níveis da federação no Brasil, bem como com base em um estudo comparativo internacional.
Publicações
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Changing policies, durable inequalities: youth flows and transitions in the Brazilian labour market
Research Handbook on Transitions into Adulthood
Alvaro Comin, Nadya Araujo Guimarães
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A inteligência artificial e o futuro do trabalho e da proteção social
Cadernos do ILP: Ensino e Pesquisa
Alvaro Comin
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O contrato de trabalho intermitente: um empregado sem trabalho e sem direitos sociais na pauta do Supremo Tribunal Federal
Revista do Direito do Trabalho e Seguridade Social
Alvaro Comin